Concessionária TIC Trens assume operação da Linha 7-Rubi nesta quarta-feira em SP
26/11/2025
(Foto: Reprodução) Concessionária assume Linha 7 oficialmente nesta quarta-feira
A partir desta quarta-feira (26), mais uma linha de trens de São Paulo passa a ser comandada pela iniciativa privada. A TIC Trens assumiu integralmente a operação da Linha 7-Rubi, que até então era administrada de forma assistida pela concessionária em parceria com a CPTM desde o fim de agosto, quando o contrato de concessão foi assinado.
O consórcio TIC Trens é formado por duas empresas: o Grupo Comporte, responsável por 60% da operação, e a CRRC Hong Kong, que detém os outros 40%.
O Grupo Comporte reúne companhias brasileiras de transporte rodoviário e urbano de passageiros, cargas e turismo, e também administra o metrô de Belo Horizonte e o VLT da Baixada Santista. Já a CRRC é uma empresa chinesa especializada na fabricação de trens.
O consórcio foi o único a apresentar proposta no leilão realizado em fevereiro do ano passado e venceu a disputa. A concessão tem prazo de 30 anos.
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A Linha 7-Rubi, agora sob responsabilidade da TIC Trens, atende 17 estações entre Palmeiras-Barra Funda e Jundiaí, em um trajeto de 57 quilômetros. Atualmente, 30 trens circulam na linha, cada um com oito carros, todos pertencentes à antiga frota da CPTM.
Com a operação assistida iniciada em agosto, chegou ao fim o serviço 710, que integrava as linhas 7-Rubi e 10-Turquesa e permitia viagens diretas de Jundiaí a Rio Grande da Serra, no ABC.
A mudança tem gerado reclamações de passageiros, que agora precisam trocar de trens na estação Barra Funda, que fica completamente abarrotada durante os horários de pico.
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Para aliviar o fluxo intenso na estação Barra Funda, a TIC Trens informou que investiu em novas escadas.
Em entrevista ao SP2, Eric Nicolau, gerente executivo de operações da concessionária, explicou que haverá ajustes no ponto de parada das linhas para melhorar a circulação:
“Também devemos fazer a mudança do ponto de parada da linha 7 e da linha 10, avançando um pouco mais na plataforma para que a gente tenha um melhor aproveitamento do fluxo ali nessas novas escadas entregues, e também diminuir o conflito de pessoas cruzando ali, no meio da plataforma”, afirmou (veja vídeo acima).
Trem da concessionária TIC Trens, que começa a operar a Linha 7-Rubi a partir desta quarta-feira (26).
Reprodução/TV Globo
Acessibilidade e modernização
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A Linha 7-Rubi foi concedida à iniciativa privada pela gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em fevereiro de 2024.
Na ocasião do leilão, o Consórcio C2 Mobilidade sobre Trilhos, composto pela empresa chinesa CRRC e pela brasileira Comporte, que administra o metrô de Belo Horizonte, ofereceu a melhor condição para assumir a linha Rubi e também construir o Trem Intercidades (TIC), que deve fazer as viagens entre São Paulo e Campinas em 1 hora e 4 minutos, com velocidade de até 140 km/h, e passagem de R$ 64.
O investimento previsto no projeto é de R$ 14,2 bilhões. A concessão é para explorar o serviço por 30 anos.
Segundo um levantamento feito pela concessionária, sete estações da Linha 7-Rubi precisam de obras de acessibilidade.
Na estação Vila Clarice, por exemplo, há um vão de mais de 30 centímetros entre o trem e a área de embarque, além de plataforma parcialmente descoberta — situação comum fora do centro expandido da capital. A modernização das estações está prevista para começar a partir de maio do ano que vem.
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Novos projetos: Trem Intercidades e Intermetropolitano
Além da Linha 7-Rubi, a TIC Trens será responsável pela operação do Trem Intercidades, que vai ligar Campinas à capital paulista.
O trajeto terá duração estimada de 64 minutos, com uma parada em Jundiaí. Os trens terão capacidade para até 860 passageiros por viagem e poderão atingir velocidade de até 140 km/h. A passagem deve custar R$ 64.
As obras estão previstas para começar no primeiro semestre do ano que vem, com início da operação em maio de 2031.
Outra linha sob responsabilidade da concessionária será o Trem Intermetropolitano, que vai ligar Jundiaí a Campinas, com paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos.
Com capacidade para pouco mais de 2 mil passageiros por viagem, o trajeto será feito em pouco mais de meia hora, com velocidade entre 44 km/h e 80 km/h. A passagem deve custar cerca de R$ 14.
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Fiscalização da Artesp
Mesmo com a operação agora 100% sob responsabilidade da TIC Trens, o governo de São Paulo continua responsável pela qualidade do transporte.
A fiscalização será feita pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que vai monitorar os indicadores de qualidade da Linha 7. Em entrevista, Fernanda Rodrigues, representante da agência, explicou:
“A concessionária tem que atender a esses indicadores. Se ela não atender, ela tem uma dedução nas suas receitas. Agora no início da operação comercial, ela vai ter um prazo de 12 meses em que esses indicadores vão ser aferidos e não vai ter desconto na receita. E a partir do 13° mês, se ela não atingir esses indicadores, ela vai ter um desconto direto no quanto ela recebe.”
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Trem da concessionária TIC Trens, que começa a operar a Linha 7-Rubi a partir desta quarta-feira (26).
Reprodução/TV Globo
Trem da concessionária TIC Trens, que começa a operar a Linha 7-Rubi a partir desta quarta-feira (26).
Reprodução/TV Globo
