Gaeco e PM miram suspeitos de ligação com PCC e quadrilha de agiotas que movimentou R$ 67 milhões no interior de SP
16/09/2025
(Foto: Reprodução) Gaeco e PM prendem mais um suspeito da quadrilha de agiotas de Franca, SP
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e a Polícia Militar deflagraram nesta terça-feira (16) a terceira fase da Operação "Castelo de Areia". Os alvos são suspeitos de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e com uma quadrilha de agiotas que movimentou R$ 67 milhões na região de Franca (SP).
Ao todo, a operação busca cumprir três mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão. Os alvos das prisões são: Raul Silva Alves, Elton Miranda de Almeida Pessoni e Vitor Manoel Reis dos Santos.
Até a última atualização desta reportagem, apenas um deles havia sido preso. A defesa dos suspeitos preferiu não se manifestar neste momento.
Já os materiais apreendidos e as cidades em que as ações foram realizadas não foram divulgados.
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Segundo o Gaeco, a nova fase da operação foi desencadeada depois que as investigações apontaram que os suspeitos estavam ameaçando, com uso de violência, pessoas que têm supostas dívidas com investigados da quadrilha que foram presos em junho deste ano.
Os agentes também fizeram buscas na casa de uma pessoa suspeita de ser usada como "laranja" para que a quadrilha realizasse movimentações financeiras.
Homem foi preso suspeito de ligação com PCC e quadrilha de agiotas em Franca, SP
Arquivo pessoal
Operação 'Castelo de Areia'
Em junho, na segunda fase da operação, o Gaeco e a PM prenderam 16 suspeitos. As equipes também cumpriram 22 mandados de busca, que resultaram na apreensão de:
15 aparelhos celulares;
Computadores;
Documentos contendo anotações sobre a agiotagem;
3 armas de fogo;
R$ 50 mil em espécie;
R$ 100 mil em cheques;
Artigos de luxo, como um relógio Rolex.
Além disso, veículos dos investigados foram bloqueados administrativamente.
Operação contra quadrilha de agiotas apreendeu relógio de luxo e R$ 150 mil
Gaeco
Os presos na segunda fase movimentaram cerca de R$ 31 milhões nos últimos quatro anos. Já na primeira fase da operação, que ocorreu entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, sete pessoas acabaram presas suspeitas de movimentar outros R$ 36 milhões.
Em dezembro do ano passado, todas elas, incluindo um ex-policial civil, foram condenadas a 20 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, usura, corrupção ativa e passiva.
Segundo o Gaeco, mesmo com as prisões anteriores, outros integrantes mantiveram a quadrilha ativa e diziam em conversas entre eles que "nada os intimidariam e, até mesmo, jamais seriam punidos". Isso motivou a deflagração da segunda fase da operação.
As investigações apontaram que a quadrilha emprestava dinheiro a juros exorbitantes e posteriormente cobrava as vítimas por meio de graves ameaças e violência.
Os lucros obtidos, de acordo com a Promotoria, eram reaplicados no esquema ou então destinados para a abertura de empresas de fachada, na compra de veículos e imóveis, como forma de lavagem de dinheiro.
Operação Castelo de Areia em Franca (SP): no alto da esquerda para a direita, Ezequias Guimarães, Bruno Guimarães e Douglas Guimarães; embaixo, Leomabio Paixão, Evanderson Guimarães, Ronny Santos e Rogério Camillo
Reprodução
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